Nos vários locais onde se pode visitar, a Grande Muralha da China oferece, para além das espetaculares vistas, a possibilidade de viajarmos no tempo dois mil anos para trás, à dinastia Qin (221-207 a.C,), período em que a China foi unificada sob o domínio do imperador Qin Shi Huang. Várias secções de muralhas de defesa, construídas por reinos independentes, foram então juntas por centenas de milhares de trabalhadores. Conta a lenda que um dos materiais empregue na construção desta impressionante muralha era os ossos desses obreiros que morriam em trabalho forçado, a maioria sendo prisioneiros políticos.
A Grande Muralha da China ilude por estar no singular, uma vez que não é uma entidade única e linear, mas encontra-se segmentada e dispersa por várias províncias da China. São na verdade várias muralhas intercaladas por barreiras naturais, montanhas e precipícios que por si só já serviam de defesa natural.
Fomos visitar a muralha no seu ponto mais turístico, em Badaling, a cerca de cinquenta quilómetros de Pequim. Foi impressionante. Passados os guichés das bilheteiras, com centenas de turistas, subimos os primeiros degraus da muralha e diluímo-nos, efeito que se repete em vários outros monumentos e locais turísticos na China. Somos milhares ao início, passamos para umas centenas depois das bilheteiras e diluímo-nos nas dezenas quando entramos mais adentro do local a visitar.
A vista do cimo da muralha é de tirar a respiração. O infinito multiplicado em todas as direções, a linha da muralha que percorre o dorso da montanha como uma serpente ou a cauda de um dragão, a perplexidade. Como é possível? Como chegaram aqui? De onde veio isto? É uma ordem de grandeza inexplicável. E até prefiro que seja assim.
Hugo.Estou siderado com os teus dizeres+as fotos.Abençoada viagem,vão ter muito que nos contar!!!!
GostarGostar