Rodopiamos sobre nós mesmos à procura da referência, do símbolo, de um pequeno sinal que nos guie, mesmo que não nos seja familiar. Viramos a norte, enrugamos a testa, de súbito para sul, nada, depois para um dos lados, oeste, um carater irreconhecível, este, um corredor infinito. Há legendas em inglês por debaixo da sinalética chinesa, mas o espaço é demasiadamente amplo, o chão largo, o teto alto, galerias intermináveis, o comprido a desafiar o ponto de fuga. E o fator fulminante: a multidão. O multiplicativo humano que se manifesta por todo o lado. Uma rede de pessoas que se cruza, caminha em fila, se ultrapassa, desce escadas, olha para telemóveis em escadas e passadeiras rolantes, aparece em grupo desordenado de uma esquina, vai lado a lado, amontoa-se em guichés, e também olha de boca aberta, rodopiando em si mesmo à procura da referência, pessoas como nós que olham em volta, perdidas, a pedirem um sinal em que acreditar, uma coisa que diga é por aqui. Vamos no grupo, pessoas que acreditam cegamente que os outros vão no caminho certo, há que fazer isto e aquilo. Paramos para tirar impressões digitais em pequenas máquinas que se alinham antes da verificação dos passaportes. Pergunta-se a alguém vestido de inspetor se é necessário para todos? A resposta lacónica que parece um sim e um não simultaneamente. Mas toda a gente a fazer o que parece ser para fazer. Fazemos o mesmo, mão direita, mão esquerda, polegares, repetir o procedimento e sai um talão. Deixei a minha identidade numa pequena máquina e foi seguir a multidão, é por ali, todos por ali.
Meus queridos!
O caminho é para frente, sempre em frente 😜
Percam-se, encontrem-se, reencontrem-se e voltem! Voltem tão imensos quanto tudo que estão a ver e viver por aí! Boa viagem e “batam terra”, muita terra, por estas terras longínquas!😉
Beijinhos
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“perdidos na tradução” mas com abertura à experiência…
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Tronco bem direito,olhar em frente,lados e para traz para não perderem pitada !!!
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